quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Do gillette press ao CTRL+C / CTRL+V

“Eu sou do tempo do gillette press”. Com esta frase causei um espanto geral em uma das minhas turmas de jornalismo esta semana. Não foi por causa da minha idade e nem do tempo em que isso se passou, mas porque todos ali desconheciam o significado da expressão.

Hoje, com o mundo moderno, com a tecnologia avançando dia após dia, a internet presente nos lares, no trabalho e nas escolas, soa estranho dizer que as notícias, em um passado recente, eram recortadas do jornal impresso.

Foi engraçado explicar para os alunos que, na época em que fiz faculdade, as redações de rádio (e algumas de televisão) literalmente recortavam as notícias dos jornais impressos e liam para o ouvinte (telespectador).

“E eles citavam a fonte?”... perguntou um aluno mais preocupado. Precisei responder que nem sempre (ou na maioria das vezes) o jornal em questão não era citado. Uma prática que deve ser abolida, afinal quem escreve e publica um texto quer ser reconhecido.

Em pleno 2007, o esquema é outro. O gillette press ainda continua vivo, mas com outra configuração. Com o advento da tecnologia, a expressão ganhou uma versão mais contemporânea, mas que, no fundo, tem o mesmo objetivo: a cópia não autorizada.

O famoso CTRL+C / CTRL+V é uma verdadeira praga, sobretudo no que diz respeito aos trabalhos acadêmicos entregues pelos alunos. Um comportamento nada ético que deve ser combatido por nós, professores.

Espero, sinceramente, que um dia essa prática seja extinta e que todas as informações publicadas, copiadas ou não, tenham as suas fontes citadas.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Dica da semana

Esta semana a dica veio do aluno Bruno Gaspari, do segundo semestre de Jornalismo, Vila Olímpia.

Para quem deseja inserir áudio no blog, acesse http://www.myflashfetish.com/ e veja as opções. O mais interessante é que o site oferece diferentes designs de 'play' que vão do estilo retrô até os modelos modernos.

Atenção: é necessário que o arquivo esteja na extensão mp3. Mas não se preocupe, o próprio site oferece músicas neste formato. Basta fazer uma busca, adicionar na sua playlist e salvar o código html no blog.

Acesse e divirta-se.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Jornalismo lidera concorrência na Fuvest 2008

Esta foi uma das manchetes do UOL de hoje, 12/11. Preocupante? Sim, porque é um sinal de que a concorrência no mercado vai ser mais dura ainda. O que me conforta é saber que os dedicados e/ou talentosos sobrevivem a essa “batalha”.

Certa vez ouvi de um professor na USP que, todos os anos, cerca de três mil alunos se formam em Jornalismo somente no estado de São Paulo. Contudo, deste número, apenas 300 costumam passar pela profissão. Só passar. O que não significa que se estabeleçam (permaneçam) na área.

Isso sim é preocupante!


Para quem quiser ler a reportagem na íntegra, acesse: http://vestibular.uol.com.br/ultnot/2007/11/12/ult798u20342.jhtm

sábado, 10 de novembro de 2007

Quando o blog gera renda

Quase coloquei uma pergunta no título deste post. Eu repito tanto para os meus alunos que “título com interrogação é falta de criatividade” e foi por pouco que quase cometi "novamente" este deslize.

Enfim, o assunto de hoje não é esse, mas sim “um blog pode ser uma fonte de renda”. Mas será que isto não é uma utopia? Eu respondo que não e ainda vou dar um exemplo para ilustrar tal situação.

Uma amiga minha, bióloga de formação e inteligente por natureza, criou um blog, em outubro de 2004. O que para uns pode parecer somente um diário virtual, para outros é a chance de ler textos excelentes, além de poder viajar pelo mundo por meio de suas histórias e saber mais sobre meio-ambiente.

Ao longo desse tempo, ela postou informações, mensagens, temas polêmicos e fotos, muitas fotos (detalhe: o marido é fotógrafo). A audiência é fiel. Quem viaja uma vez no seu blog, procura viajar sempre. E foram justamente essas viagens que atraíram a atenção de um portal, o Interney Blogs (IB), pertencente a Edney Souza*.

A partir do momento que passou a integrar o portal, Lucia Malla (como é conhecida na blogosfera) teve a oportunidade de ganhar dinheiro com o blog. Nada mais justo, afinal o trabalho é árduo (atualizações diárias), os temas são interessantes, o texto é sempre bem escrito e as fotos são lindíssimas.

Portanto, para quem é jornalista ou que está prestes a se formar, o blog pode ser mais do que um espaço para a divulgação de trabalhos (textos opinativos, reportagens, vídeos etc), pode ser também uma fonte de renda. Não sei ao certo quanto se ganha, mas para quem for dedicado e esforçado, pode ser uma bela saída.



* Edney “Interney” Souza ficou conhecido como o blogueiro mais rico do Brasil após uma entrevista publicada na revista Época. Desde então largou o emprego formal e vive da publicidade do site.

sábado, 3 de novembro de 2007

Ética jornalística. Quem dá mais?

Certa vez ouvi de um jornalista a seguinte frase: “Não escreva como jornalista o que você jamais escreveria como cidadão”.

Imediatamente, me veio à mente a questão da ética jornalística e várias outras perguntas inquietantes, como: será que ética é somente o material publicado? Em que época devo começar a ser ético? Na faculdade ou no trabalho? Será que alguém vai notar se sou ético ou não?

Há alguns dias, me deparei com uma situação verdadeiramente desconfortável. Um grupo de alunos, ao não cumprir uma tarefa pedida em sala de aula, decidiu forjar o material jornalístico.

Confesso que fiquei pasma com a atitude e me perguntei: por que não assumiram o erro? Por que não me pediram mais um ou dois dias de prazo? Por que tomaram esta atitude tão vil e baixa? Em que momento acharam que era legítimo falsificar uma entrevista? Por que acharam que eu acreditaria no golpe? Será que me consideram tão idiota ao ponto de não desconfiar da falsificação?

Essas foram apenas algumas perguntas que tomaram conta do meu pensamento por dias a fio. As respostas? Acho que nunca as terei. De tanto pensar, acabei chegando a discussão da ética jornalística e me lembrei da famosa frase do Cláudio Abramo: "Minha ética como marceneiro é igual à minha ética como jornalista; não tenho duas”.

Acredito que ele está correto em afirmar que devemos ter somente uma postura ética em relação aos fatos que ocorrem em nossa vida. Não dá para se ter dois comportamentos distintos. Portanto, posso afirmar, a partir deste pensamento que, o aluno que tenta ludibriar o professor, infelizmente, será no futuro um profissional medíocre, sujeito a não ser respeitado na área. Se é que vai conseguir chegar lá.

Felizmente, ética não se compra na farmácia da esquina!!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Registro orgulhoso

Não poderia deixar de registrar algo que aconteceu esta semana na aula de Blog Diário: o trabalho primoroso dos blogs "Untitled" e "Todo dia é dia de arte".

O blog Untitled publicou, esta semana, uma entrevista com Antonio Cândido. Parabéns aos alunos pelas perguntas e pela coragem em entrevistar uma personalidade tão importante.

Já o blog Todo dia é dia de arte conseguiu um comentário do Marcelo Tas. Na verdade, não foi apenas um comentário, foi um elogio ao texto do Rafael Lopes. Quem tiver a curiosidade, passe lá no blog e leia o que o Tas escreveu.

Esses registros mostram que um trabalho feito com disposição, garra, responsabilidade e, acima de tudo, HONESTIDADE, sempre é recompensado.

Parabéns equipes, vocês merecem!!!